Projeto pré-implantação é essencial na silvicultura



Doenças são causadas por fungos, bactérias, nematóides, vírus, fitoplasmas, cromistas e até mesmo plantas parasitas
Um dos graves problemas que podem afetar a produtividade na silvicultura é a
questão das doenças. Muitas são provocadas por fungos e bactérias, mas há ainda agentes diversos como nematóides, vírus, fitoplasmas, cromistas e ainda plantas parasitas. Além disso, existem também as doenças abióticas, provocadas pelo excesso ou a falta de água, por exemplo. Para lidar com o problema de forma adequada, o importante é que o produtor faça todo um projeto do local antes de implantar a floresta.
O tema foi exposto ao público na Expoacre 2011, no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, em Rio Branco, no período de 23 a 31 de julho. Segundo Rivadalve Gonçalves, pesquisador e fitopatologista da Embrapa Acre, há dois sistemas de produção envolvendo árvores no Estado. Um deles é em floresta nativa primária e o outro engloba os sistemas de florestas plantadas.
Em primeiro lugar, se tratarmos de floresta primária, há algumas doenças de importância econômica, mas não muitas. Isso porque, nesse sistema, as populações costumam estar em equilíbrio. No sistema de mata primária, encontramos, por exemplo, o cancro-do-painel e o mofo cinzento, que afetam a produção de látex. Já em áreas de plantio de florestas, temos tanto as doenças das seringueiras, quanto das outras espécies que são plantadas — afirma o pesquisador.
Para identificar essas doenças, Gonçalves diz que existem clínicas de diagnósticos nos laboratórios de fitopatologia das universidades e da Embrapa, por exemplo, onde existem especialistas capazes de identificar os problemas. De acordo com ele, uma árvore já bastante estudada é a seringueira. Ele conta que já são conhecidas aproximadamente 19 doenças dessa espécie causadas por fungos.
O tratamento pode ser feito através de diversos métodos de diversas formas. O principal é que se conheça exatamente qual doença está afetando a planta ou a plantação. Quando é em uma fazenda, é preciso obter um diagnóstico correto da dimensão da doença — explica ele.
Após conhecer bem a causa da doença, o pesquisador conta que deve-se traçar um plano de controle. No caso de teca, por exemplo, deve-se evitar que ela apareça. No entanto, quando ela surge, o produtor recorre a métodos de controle químico.
Em viveiros, normalmente se adotam métodos culturais como o uso de sementes livres de patógenos, o tratamento de sementes com fungicidas, com termoterapia, o uso de substratos e de recipientes limpos, além de água também limpa — afirma.
No campo, Gonçalves diz que deve-se analisar caso a caso e, dependendo da doença, pode-se fazer um controle químico, uma erradicação de algumas plantas e assim por diante. Contudo, o importante mesmo é que o produtor tenha um projeto antes de começar a trabalhar. Já quando o assunto é a perda econômica causada pelas doenças, o pesquisador diz que o índice pode variar de doença para doença.
O mal da seringueira, por exemplo, afeta a produção de modo significativo, podendo matar todas as árvores. No entanto, na maior parte dos casos, não há como saber o quanto de perda econômica pode ocorrer. Em geral, trabalhamos sempre fazendo o controle para não correr o risco de perder toda a produção — diz ele.
Além dos fungos e das bactérias, o pesquisador conta que os nematóides também são agentes causadores de doenças em espécies florestais. O nematóide meloidogyne incógnita, por exemplo, ocorre naturalmente nas florestas primárias e plantadas. Há ainda relatos de vírus, fitoplasmas, cromistas e plantas parasitas.
Existem ainda as doenças abióticas, como a falta de água ou o excesso de água, que levam a planta a ter uma alteração nos processos fisiológicos de modo contínuo, o que também caracteriza uma doença — conta Gonçalves.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Acre através do número (68) 32123200 begin_of_the_skype_highlighting            (68) 32123200      end_of_the_skype_highlighting.
Fonte: http://www.portaldoreflorestamento.com.br - Kamila Pitombeira/Portal dia de campo

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