Os termos "plantas invasoras", "ervas más", "plantas daninhas", "ervas daninhas", "plantas silvestres", "plantas ruderais", "inços", "mato", "juquira", etc... tem sido indiferentemente empregados nas literaturas disponíveis da botânica brasileira, gerando confusões e controvérsias a respeito de seus conceitos. O termo mais adotado nesta literatura será de "plantas daninhas". podemos diferir este conceito dos demais tipos de plantas que temos, da seguinte forma:
- Plantas cultivadas: são as "plantas sadias", ou seja, as plantas de espécies normalmente semeadas ou plantadas pelo homem. São também denominadas de "plantas econômicas" por se tratar de plantas cujo cultivo interessa economicamente ao homem.
- Plantas silvestres: correspondem ás espécies de plantas que nascem e se reproduzem espontaneamente e não são cultivadas pelo homem. podem ter valor econômico próprio e interferem ou não na produção das culturas e no bem-estar dos animais e do próprio homem. Quando indesejáveis são denominadas de "ervas más", "ervas daninhas", etc. Quando estas últimas denominações , há que se considerar que o seu emprego em análise de sementes agrícolas obrigaria o uso das expressões pleonásticas "ervas-mas nocivas" ou "ervas daninhas nocivas", pois de acordo com a sua importância, a Legislação de Sementes em vigor, classifica as plantas silvestres em "comuns" e "nocivas". Dependendo do local onde elas ocorrem, as plantas silvestres podem receber denominações específicas de plantas arvenses, campestres, ruderais e viárias. São denominadas "arvenses" quando vegetam em culturas feitas pelo homem; "campestres" ou "rupícolas" quando crescem em lugares incultos ou que não recebem a interferência do homem; "ruderais" quando crescem indesejavelmente em ambientes urbanos, como em ruas, telhados, etc.; "viárias" quando crescem ao longo de estradas de ferro e margens de rodovias.
ORIGEM

O problema das plantas daninhas é tão antigo quanto a própria agricultura. A sua origem é atribuída ao próprio homem, que no afã de melhorar espécies úteis retirou-lhes gradativamente a agressividade necessária para viverem sozinhas. A natureza, por sua vez, agiu sobre as plantas silvestres no sentido contrário, ou seja, imprimindo-lhes uma seleção no sentido de torná-las cada vez mais eficientes quanto a sobrevivência.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
- Crescem rápido: usam uma alta eficiência de água;
- Excelente adaptação climática;
- Apresentam um curto intervalo entre floração e germinação;
- Perenes, geneticamente poliplóides e facultativamente auto compatíveis;
- Apresentam estruturas para dispersão, e germinam em quase todos os substratos úmidos sem uma fertilização específica;
- Alta dormência;
- Alta longevidade;
- Alta produção, produção contínua;
- Considerada, em alguns casos, como praga.
Entre os principais problemas que ocorrem nas culturas florestais em estágios iniciais estão as plantas daninhas que causam prejuízos sérios.
A competição com água, luz e nutrientes afeta diretamente a produtividade, reduzindo-a tanto mais quanto mais precoce for a ocorrência das plantas daninhas em convivência com as espécies cultivadas.
O manejo das plantas daninhas inclui medidas preventivas e controle, os quais podem ser mecânicos ou químicos*, este último com maior frequência no meio florestal.
- Controle químico:
*Utilize sempre produtos com liberação para uso na cultura em questão.
